Todos nós refletimos nos espaços que habitamos características do nosso comportamento, dos nossos relacionamentos e das nossas crenças. Neles, materializamos memórias de forma consciente e inconsciente, manifestamos sonhos e, até mesmo, os nossos medos.
Cada pessoa tende a construir para si um lugar particular, com características únicas, mas com objetivos comuns. Buscamos um espaço seguro e confortável, onde possamos nos manifestar livremente e cultivar nossas histórias.
Somos seres sociais. Queremos estar próximos uns dos outros, queremos pertencer. Somos capazes de criar conexões profundas, e isso é o que buscamos na maior parte do tempo e o que mais valorizamos. Isso inclui as nossas escolhas de compra. A nossa sensação de completude vai além dos nossos lares: buscamos nos conectar e nos corresponder não só com quem habita nossa casa.
É importante compreender o impacto que os espaços têm em nossas vidas e em nossas relações. Da mesma forma, é fundamental observar nossas principais motivações. Sempre digo que a arquitetura pode representar um caminho para tornar as relações e as interações humanas melhores. Ao entrar em um ambiente, ficamos submersos naquela atmosfera, e essa interação gera uma reação.
O espaço pode refletir a beleza de uma identidade, contar histórias e ser o cenário ideal para criar memórias e conexões.
Nesse contexto, podemos iniciar o exercício.
1. Comece com perguntas estratégicas
Como primeiro passo para construir a estratégia de arquitetura ideal para sua marca, convido você a responder algumas perguntas:
Que experiência você quer entregar ao seu consumidor? E por quê?
Como você quer que seu consumidor perceba o ambiente da sua marca ou o valor do seu produto/serviço?
Essas respostas serão a base para a construção da sua estratégia. Meu conselho é que você procure ser preciso em suas respostas.
2. Investigue referências
Depois, você pode investigar situações que já o levaram a perceber valores próximos aos que você quer entregar.
Procure registrar essas situações por meio de texto ou, melhor ainda, com imagens. O objetivo deste passo é trazer essas referências à tona e tornar algumas soluções tangíveis.
3. Entenda a relação do seu consumidor com sua marca
Que experiência você acredita que ele espera da sua marca?
Como você acha que ele percebe o ambiente?
Muitas vezes, esse passo pode gerar desconforto, pois pode evidenciar a distância entre o que se quer oferecer e o que de fato é entregue. Mas, se for o seu caso, não se preocupe. Saiba que a arquitetura espelha o amadurecimento de uma trajetória e está em constante mudança, atualização e evolução. Tudo isso vem com o tempo. Quanto mais nos aprofundamos, mais somos capazes de entender as necessidades e expectativas dos consumidores e, a partir disso, estruturar soluções e recursos para tornar os espaços melhores.
4. Faça um diagnóstico prático
Escolha um espaço da sua marca, como uma loja, para identificar o que pode ser melhorado. Converse com sua equipe de atendimento, ouça os problemas que são vividos no espaço e, se possível, passe um tempo observando como os usuários interagem com o ambiente.
5. Consulte um arquiteto
O exercício realizado fornecerá informações valiosas, que servirão de base para o processo de projeto. Ele ajudará a evidenciar seus objetivos e sua realidade. Um arquiteto especializado poderá organizar essas informações sob a ótica da arquitetura e decifrá-las, transformando-as em uma combinação única e estruturada para o seu espaço.
Entenda o processo de projeto como uma oportunidade para desenvolver sua marca e alcançar suas metas.
Ninguém conhece melhor o seu negócio do que você, mas procure um arquiteto especializado. Trabalhando juntos, vocês certamente encontrarão um cenário mais maduro e eficiente. Acredite, os resultados positivos virão.
Abraços e até a próxima!
Tati Gonçalves
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